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Criopreservação de células estaminais do cordão umbilical
A criopreservação das células estaminais do cordão umbilical é um caminho que abre uma janela de esperança para o tratamento de cada vez mais doenças.
As células estaminais são células capazes de se dividir indefinidamente e com capacidade de dar origem a diferentes tipos de células do corpo: do sistema nervoso ao sangue, passando pelo coração e pela pele.
É esta capacidade de diferenciação que torna estas células tão valiosas para a saúde.
No bebé, as células estaminais presentes no sangue e tecido do cordão umbilical, poderão ser utilizadas, se necessário, no tratamento de diversas doenças genéticas, hematológicas, oncológicas, entre outras, e aumentam a probabilidade de sucesso de um transplante.
Na idade adulta, as células estaminais existem em menor quantidade e com menos potencial, mas reparam tecidos danificados ou, em alguns tecidos como na medula óssea, substituem as células que vão morrendo.
O que é a criopreservação?
A criopreservação consiste em conservar as células estaminais do cordão umbilical do bebé, por longos períodos de tempo, através do congelamento a baixas temperaturas (-196ºC), sem que estas percam a sua viabilidade durante cerca de 23 anos e possam ser utilizadas no tratamento de certas doenças. A colheita é fácil e indolor, e não envolve riscos, nem para a mãe nem para o bebé.
Atualmente, após o parto, são apresentadas 3 alternativas aos pais:
- Possibilidade de doação das células do cordão umbilical a um banco público (através dos centros de colheita disponíveis atualmente), que se destinam a ser utilizadas por qualquer doente que necessite, não tendo quaisquer custos para os pais;
- Armazenamento das células num banco privado, para uso exclusivo da própria criança ou de alguém na sua família que venha a necessitar;
- Rejeição e inutilização do cordão umbilical.
Quando os futuros pais se decidem pela criopreservação, há que dar o primeiro passo, de forma a informar-se do procedimento e esclarecer todas as dúvidas.
No caso de optarem pelo armazenamento de células num banco privado, é importante que os pais estejam informados que a probabilidade das células do cordão umbilical virem a ser utilizadas pela própria criança é baixa e que, em caso de necessidade de transplantação, o sangue do cordão umbilical da própria criança pode ser insuficiente para tratar uma criança crescida ou um adulto, sendo necessário recorrer a doações feitas a bancos públicos.
A sua farmácia está habilitada a prestar informação e aconselhamento sobre células estaminais, as suas potencialidades atuais e futuras e sobre a criopreservação. Se o seu bebé está a caminho, procure mais informação sobre esta tecnologia que já pode ajudar a salvar muitas vidas.