

Futura Mamã
É verdade que os antibióticos comprometem a eficácia da pílula?

Se o médico lhe receitou um antibiótico é essencial que o tome de forma adequada.
Para tal, deve fazer o tratamento até ao fim (mesmo se se sentir melhor), nas doses e intervalos que o médico assim determinou. Se toma outros medicamentos, deve ainda estar alerta para alguns cuidados extra, pois os antibióticos podem interagir com certos medicamentos ou suplementos.
Contudo, nunca deve deixar de tomar o antibiótico receitado pelo médico. Deve simplesmente informar-se com o seu farmacêutico sobre cuidados e preocupações adicionais ao seu caso.
Uma das dúvidas mais frequentes é relativa à toma da pílula. Será que a toma de um antibiótico reduz mesmo a eficácia da pílula? Na verdade, as evidências científicas demostraram que os antibióticos mais comuns não interferem de forma direta com a eficácia da pílula (exceto a rimfapicina e a rifabutina, utilizados no tratamento da tuberculose).
Mas, tenha atenção, pois, de forma indireta, podem existir situações que têm algum impacto na eficácia da pílula. Porquê? Um antibiótico, por definição, mata ou inibe as bactérias, mas, ao contrário do que poderia pensar, não atua apenas nas bactérias nocivas responsáveis pela doença, atua também nas bactérias que habitam a nossa flora intestinal. A flora bacteriana intestinal é uma barreira natural do nosso organismo, e quando é perturbada reduz a capacidade de absorção do intestino, o que pode provocar vómitos ou diarreia. Como tal, alguns antibióticos podem alterar a flora intestinal do nosso organismo e, desta forma, interferir com a absorção da pílula a nível intestinal (impedindo que seja absorvida a quantidade necessária para a sua eficácia), o que pode implicar uma nova toma da mesma. Assim, por segurança, é recomendada a utilização de um método contracetivo adicional, como o preservativo.
No entanto, deve manter-se atenta a outros medicamentos que podem reduzir o efeito da pílula, como: diuréticos, antiepiléticos e anticonvulsivantes, antirretrovirais e antifúngicos; assim como alguns produtos naturais (exemplo: hipericão). Sempre que adquirir algum medicamento ou produto de saúde jogue pelo seguro, informe-se com o seu farmacêutico sobre os mesmos.
E, lembre-se, em caso de dúvida, a sua farmácia tem sempre a porta aberta para responder a todas as suas perguntas.
