Medicamentos e Crianças: não apenas mais pequenas, mas também diferentes

Medicamentos e Crianças: não apenas mais pequenas, mas também diferentes

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É preciso jogar pelo seguro quando temos de dar medicamentos a crianças: é que, embora às vezes pareçam, as crianças não são adultos em ponto pequeno…

Crianças: mais do que pequenas, diferentes!

No momento de determinar a dose de um medicamento para uma criança, devem ser considerados outros fatores para além do seu tamanho. É, desde logo, necessário ter em consideração, por exemplo, que o sistema digestivo, o fígado e os rins são ainda imaturos, o que afeta a absorção e eliminação dos medicamentos.

Por outro lado, uma criança doente nem sempre precisa de medicamentos. Situações de desconforto ou mal-estar podem ser ultrapassadas com simples cuidados, como repousar, beber água ou permanecer num ambiente controlado.

Em nome da eficácia…

A utilização correta dos medicamentos é essencial para que sejam eficazes. Assim:

  • Conheça o peso da criança a cada momento, de modo a permitir o cálculo seguro da dose adequada de medicamento;
  • Cumpra sempre a dose indicada pelo médico ou pelo farmacêutico. Ainda que o medicamento ao princípio pareça não estar a fazer efeito, não altere a dose sem indicação de um profissional habilitado;
  • Respeite o número de vezes que deve dar o medicamento por dia e o intervalo entre cada administração;
  • Siga as instruções do tratamento à risca e dê o medicamento à criança durante todo o período indicado: este cuidado é especialmente importante no caso dos antibióticos;
  • Informe-se se o medicamento pode ser dado com alimentos ou bebidas: esta pode ser uma forma de mascarar sabores, contribuindo para a adesão à terapêutica;
  • Conheça os efeitos secundários dos medicamentos e saiba o que fazer caso surjam;
  • Mantenha os medicamentos fora do alcance e da vista da criança, bem fechados, nas embalagens originais e conserve o respetivo folheto informativo.

Esclareça esta e outras questões que surjam sobre medicamentos com o seu farmacêutico.

… e da segurança:

  • Não dê aos mais novos medicamentos:
  • Sem indicação do médico e orientação do farmacêutico;
  • Aconselhados por outras pessoas, mesmo que os sintomas pareçam idênticos;
  • Sem motivo: mesmo quando sabem bem, os medicamentos não são guloseimas;
  • Como a aspirina: as crianças com menos de 12 anos não devem tomar medicamentos da família da aspirina, salvo indicação médica. Procure na embalagem as palavras “ácido acetilsalicílico” ou “salicilato” – são esses os medicamentos a evitar.

Por fim, tenha sempre consigo o número do médico assistente e do Centro Anti-Venenos (CIAV 808 250 143): ligue se houver suspeita de intoxicação.



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