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Programa Nacional de Vacinação (PNV) – Um Pouco de História
A vacinação tem como principal objetivo o desenvolvimento de defesas (imunidade) contra determinadas doenças.
É um processo antigo, tendo sido explorado de modo mais aprofundado no séc. XVIII. Atualmente, é realizado na maioria dos países representados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), através de programas nacionais de vacinação.
Em Portugal, o Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi criado em 1965, sendo gratuito e acessível a todas as pessoas presentes no país. Desde então, encontra-se em constante revisão, sendo gerido pela Direção-Geral da Saúde, de modo a proporcionar as vacinas mais adequadas ao maior número de pessoas possível. Tem por base dois grandes objetivos:
- Promover a proteção individual;
- Zelar pela saúde de todos (saúde pública).
Uma questão de Direito… ou de Dever?
O acesso à vacinação é reconhecido como um Direito Fundamental, proporcionando igualdade de oportunidades a todos, independentemente do género, rendimentos familiares ou ideologias. Por outro lado, tendo em consideração o impacto na saúde pública, pode também ser encarado como uma responsabilidade.
O mesmo Programa, esquemas diferentes
O PNV atual recomenda diferentes esquemas vacinais tendo em consideração diferentes fatores como por exemplo, a idade ou circunstâncias especiais:
– 11 vacinas antes dos 18 anos de idade: contra a hepatite B, difteria, tétano, tosse convulsa, poliomielite, doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b, infeções por Streptococcus pneumoniae, doença invasiva por Neiserria meningitidis do grupo C, sarampo, parotidite epidémica e rubeóla;
– Vacina contra infeções por vírus do Papiloma humano às raparigas de 10 anos;
– 1 dose da vacina contra a tosse convulsa a todas as mulheres grávidas.
Alterações… uma necessidade e garantia de sucesso?
As vacinas que integram o PNV estão sujeitas a alterações e a sua seleção é efetuada com base nos seguintes critérios:
- A epidemiologia (isto é, perfil evolutivo) das doenças;
- A evidência científica da sua utilização;
- A relação custo-benefício;
- A sua disponibilidade no mercado.
A nível nacional, a vacinação segue hoje o PNV 2017, em vigor desde janeiro do mesmo ano. Este veio substituir o PNV 2012, tendo sofrido uma atualização que teve em conta a realidade portuguesa atual.
O PNV, ao longo de mais de 50 anos de existência, permitiu alterar o perfil das doenças infeciosas (isto é, que se transmitem de pessoa para pessoa) no nosso país, favorecendo a erradicação (eliminação) de, por exemplo:
- Varíola;
- Paralisia infantil;
- Rubéola;