Varicela: o que é importante saber

A infeção é mais comum no final do inverno e no início da primavera. Ocorre através do contacto direto com pele infetada ou através das partículas de saliva, transmitidas pela tosse ou espirros de alguém infetado.

Sintomas

Os sintomas aparecem 10 a 21 dias após a exposição e duram, normalmente, entre 5 a 10 dias. Inicialmente surgem pontos e manchas rosadas por todo o corpo que podem provocar muita comichão.

As manchas transformam-se em bolhas com um líquido claro e parede muito fina que se rompem. Quando isto ocorre formam pequenas lesões na pele que secam, originando uma crosta que acaba por desaparecer, normalmente sem deixar marcas. As diferentes fases podem estar presentes ao mesmo tempo e é normal a existência de outros sintomas como febre, dor abdominal, falta de apetite, corrimento nasal (nariz a pingar) ou tosse. A varicela é contagiosa até que todas as manchas formem crosta.

Cuidados

O tratamento da varicela passa pelo controlo e alívio dos sinais e sintomas, podendo ser adotados alguns cuidados:

• para aliviar a comichão, dê banho de água morna à criança e aplique uma loção calmante, por exemplo, com calamina, nas manchas e bolhas;
• assegure-se que a criança ingere líquidos;
• corte as unhas da criança rentes e, à noite, coloque-lhe luvas (ou meias nas mãos) para evitar que se coce;
• pode ser indicado o uso de paracetamol para o alívio da febre. Aconselhe-se com o seu médico ou farmacêutico;

Ainda que seja uma doença comum em crianças, o contacto com o médico pediatra para ter a certeza do diagnóstico, é importante. Deve ainda consultar o médico se:

• as erupções envolverem os olhos, ou se houver tosse persistente ou ainda falta de ar;
• o cuidador for mais velho, tiver o sistema imunitário fragilizado e nunca tiver sido previamente exposto à doença;
• uma grávida tiver sido exposta;

Vacinação

É possível prevenir a varicela; a vacina está disponível em Portugal (não faz parte do Programa Nacional de Vacinação) e pode ser adquirida mediante receita médica, sendo recomendada para os grupos de risco:

• indivíduos não imunes em ocupações de alto risco;
• mulheres não imunes antes da gravidez;
• pais de crianças jovens, não imunizados;
• Adultos ou crianças que contactam habitualmente com pessoas com o sistema imunitário comprometido;